De novo a bancada patronal, na
mesa de negociação, apresentou à comissão de trabalhadores um “canto da
sereia”, com objetivo de enganar os trabalhadores com propostas velhas,
conhecidas e rejeitadas pela categoria
Mesmo passando meses da suspensão das negociações com o
Sindicato dos Radialistas, a diretoria manteve-se alerta às tentativas dos
patrões de apresentarem algo novo.
Que nada! Com o impasse nas negociações no ano passado,
certamente uma nova proposta, como tentativa de fechar o acordo coletivo
passado, viria. Mas não veio. O novo que era para ser novo, apareceu como velho
e os patrões fazem jus ao nome que têm, pois até na hora de dizer que vão melhorar
alguma coisa, piora. Como esse tipo de
proposta só interessa aos patrões, começaram a usar a tática de dividir a
categoria com informações falsas e incentivando pelegos (peão a favor do
patrão) e chefias a tentar pressionar o Sindicato em assinar um acordo
totalmente desfavorável aos interesses do conjunto da categoria.
Os patrões vieram com a conversa de reajuste 2,5%, sem
aumento real. Abono/PPR? Com índice menor do que nos anos anteriores e com a
condição de retirar diversos direitos.
Veja, na página seguinte alguns dos direitos que irão
desparecer se a proposta miserável dos patrões for assinada.
Eles querem o fim de nossas conquistas
Congelamento do Quinquênio – A cada 5 anos, o trabalhador que se mantém no
emprego ganha um adicional de 3% no salário. É uma forma de valorizar quem
trabalha e dedica parte de sua vida a uma empresa. Natural que o trabalhador
antigo na empresa seja valorizado. As empresas querem congelar esse direito: o
quinquênio deixaria de acumular, e só se mantém para quem já o ganha ou
adquirir nos próximos meses. Com o tempo, as empresas irão demitir os
trabalhadores mais antigos, acabando por completo com o quinquênio.
Exemplo: Um trabalhador que receba de
salário R$ 2.695,00 e 60h extras a receber + um quinquênio teria a mais em seu
salário R$ 1.878,10 é um forte candidato a ser demitido. São escolhas, baseadas
em situações semelhantes como essa, que as empresas irão fazer na hora de
decidir quem vai pra degola.
Bom informar que o Quinquênio
foi estabelecido como forma de compensação à uma política de Cargos e Salários,
que as empresas se recusaram a implantar. Que tal voltarmos a discutir isso
novamente?!
Fim da estabilidade
pré-aposentadoria – Não pode haver
demissão de trabalhadores que se aproximam da aposentadoria. Os patrões querem
derrubar essa garantia em troca de uma indenização.
Fim da estabilidade da
gestante – Não pode haver demissão.
Querem a demissão em troca de indenização de mães, que voltam ao trabalho, após
a licença-maternidade.
Você não decide mais sobre
suas férias – O trabalhador tem o
direito de decidir se quer tirar 30 dias corridos de férias ou quebrarem até
três períodos. Os patrões querem passar a ter o direito de decidir sozinho
sobre suas férias (podendo usar férias, por exemplo, para as escalas de final
de ano).
Banco de Horas – As empresas querem piorar brutalmente a jornada de
trabalho dos radialistas, estendendo o período de compensação para até seis
meses. Ou seja, você trabalha e não recebe e só vai folgar depois de meio ano
de espera. Sem falar nas demissões do setor, que vai acarretar mais trabalho,
mais horas extras não pagas.
Pegadinhas dos patrões O
trabalhador terá direito ao VR se completar efetivamente a jornada de trabalho
de seis horas, ou seja, o trabalhador trabalhou hoje 8 horas, fez duas horas
extras, amanhã a empresa dirá a ele que é para ele sair 2 horas mais cedo, pois
não tem muito serviço. Dessa forma ele fará apenas 4 horas de trabalho, com
isso não fará a sua jornada de trabalho o que acarretará em um VR a menos no
próximo mês.
Fiquem espertos!
Os patrões soltam a boca
pequena ou nos corredores, através das chefias e até de comunicados
internos, que o Sindicato dos Radialistas só está interessado na sua fonte de
financiamento, com a contribuição da taxa assistencial. Eles mentem. Tentam ludibriar
os trabalhadores. Como não estão conseguindo, passam lista de abaixo assinado,
para fazer os trabalhadores se alinharem aos seus interesses.
Taxa Assistencial
A taxa assistencial, mesmo aprovada em assembleia pelo
trabalhadores, é rechaçada pelos patrões. Eles recusam aprovar essa cláusula
para que o sindicato não tenha recursos financeiros para manter a luta da
categoria. Trabalhador sem sindicato independente é presa fácil dos patrões.
Eles querem uma categoria fraca, dividida e vítima constante de sua gana por
lucro. Os patrões não se importam com quem vive da miséria de salário, que eles
pagam. Fazem demissões arbitrárias e sem compromisso social, vitimizam
trabalhadores no ambiente de trabalho deixando-os doentes e acidentados sem
nenhum direito. Sem respeito por você, sem consideração com sua família. Ao
fazerem manobras políticas, com interesse de confundir a categoria e jogar os
trabalhadores contra seu sindicato, os patrões estão atingindo seu objetivo de
ter os trabalhadores sem apoio, sem organização, sem defesa.
Sem o Sindicato
Se não fosse o sindicato, este ano, por exemplo, as
demissões em massa já estariam acontecendo em todas as empresas. Os salários
estariam sendo rebaixados na cara dura. Horas extras sem remuneração seriam a
regra e os acúmulos e duplas funções, estariam sem pagamento por exercício de
mais de uma função. Na verdade, os patrões já estão caminhando nessa direção,
com o incentivo político de mudança na legislação, que rege nossa categoria.
Enfraquecer o sindicato dos radialistas, cortando sua
fonte de financiamento, é fazer os trabalhadores voltarem no tempo, num período
em que direitos e conquistas eram um sonho distante.
Com o fim da obrigatoriedade do imposto sindical, a taxa
assistencial se faz necessária para a sobrevivência do sindicato. Como o
Sindicato continuará tendo independência para negociar com os patrões, como
informar e mobilizar a categoria em todo estado sem recursos? Não é possível.
Sindicato fraco, categoria fragilizada. Só com a contribuição política e
financeira de todos, que poderemos manter nossa autonomia e independência dos
patrões e do governo. Fortaleça a luta de seu sindicato comparecendo nas
assembleias, atendendo o comando da direção da entidade, sendo sócio de seu
sindicato. Nossa força se mede com nossa consciência de classe e união da
categoria.
Se assinar o acordo coletivo do jeito
que os patrões querem, será o fim do Vale Refeição para quem tem jornada
inferior a 4 horas. Companheiros do interior, registrados por hora, não terão
mais vale refeição.
Juntos somos fortes!
|
O que está em jogo é a continuidade de uma categoria
com um dos melhores acordos coletivos construído ao longo da história dos
radialistas do Brasil. Não se deixe enganar. Tenha consciência de que sua
decisão pode acarretar demissões em massa, na empresa onde trabalha ou na sua categoria,
além da perda de direitos históricos, que são muito difíceis de conquistar
novamente. Repudie as investidas dos patrões. Não assine nada sem antes
consultar o sindicato.
Se assinar o acordo coletivo, do jeito que os patrões querem, companheiros que
tem hora extras e quinquênio, vão ser demitidos.
Vão todos pro olho da rua. |
A pressão dos patrões contra os trabalhadores está sendo feita porque as empresas querem o aval do sindicato para que as horas extras não sejam pagas, que as demissões ocorram sem prejuízo para as empresas, para enfraquecer sua entidade de classe, responsável por defender os direitos coletivos dos radialistas. Nossa história é rica, é de luta e conquistas. Os patrões querem te manipular. Não deixe isso acontecer.
Trabalhador consciente não faz o jogo do patrão
Nenhum direito a menos, rumo a novas conquistas
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