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terça-feira, 6 de novembro de 2018

Modelo de Previdência, que governo de Bolsonaro se inspira, virou desastre no Chile

                                Foto montagem: reprodução

Paulo Guedes defende o modelo de capitalização individual que deu errado no Chile, que trouxe graves consequências econômicas e sociais para os idosos chilenos.


Com informações de A Hora do PovoHypnessBBC e El País
Em sua proposta de reforma da previdência o presidente eleito Jair Bolsonaro, através de seu futuro da Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que se inspira no modelo chileno de previdência social.
No Chile o modelo previdenciário, que só existia em livros teóricos de economia, fez com que os trabalhadores tivessem sua própria poupança para aposentadoria, na qual faziam sua contribuição individual, em vez de ir para um fundo coletivo. Esse dinheiro, guardado e administrado por empresas privadas, foram investidos no mercado financeiro até o prazo de concessão do benefício. Trinta e cinco anos depois, porém, o país vive uma situação insustentável, segundo a própria presidenta Michelle Bachelet devido ao baixo valor recebido pelos aposentados. 

Sem previdência pública, o Chile tem suicídio recorde entre idosos com mais de 80 anos
Esse modelo, com participação privada na previdência dos chilenos, levou ao aumento significativo de suicídio em idosos.
 A privatização da Previdência Social chilena, promovida pelo ditador Augusto Pinochet na década de 80, continua vigente e cobra um preço alto dos mais velhos. O colapso do sistema tem ganhado maior visibilidade nos últimos dias à medida que o arrocho no valor das pensões e aposentadorias se reflete no aumento do número de suicídios.
No país andino o sistema previdenciário, que obriga os trabalhadores a recolherem uma contribuição mensal para um fundo privado, criado nos anos 80, hoje está levando idosos a se suicidarem, porque o retorno desse investimento, que ficou sob administração privada, não atinge o mínimo necessário para sobrevivência dos idosos, que requer organização financeira para cuidados médicos e uso de medicamentos próprio para utilização ness faxia etária.
Segundo estudos levantados por Estudo Estatísticas Vitais, do Ministério de Saúde e do Instituto de Estatística (INE), entre 2010 e 2015, quase mil pessoas adultas, maiores de 70 anos, tiraram suas próprias vidas no período. Esse  estudo identificou que os idosos com mais de 80 anos apresentaram as maiores taxas de suicídio - 17, 7 por cada 100 mil habitantes - seguido pelos segmentos de 70 a 79 anos, com uma taxa de 15,4 contra uma taxa média nacional de 10,2. Conforme o Centro de Estudos de Velhice e Envelhecimento, são índices mórbidos, que crescem ano a ano e refletem a "mais alta taxa de suicídios da América Latina".
Para dar seguimento a reforma, a ideia do governo de Bolsonaro é retirar a regra previdenciária da constituição. Dessa forma a legislação previdenciária fica vulnerável a mudanças de ocasião. Também institui uma espécie de renda básica de cidadania, com isso acabando com o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O BPC, da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS (BPC), é a garantia de um salário mínimo mensal ao idoso acima de 65 anos ou a pessoa com deficiência de qualquer idade com impedimentos de natureza física, mensal, intelectual ou sensorial de longo prazo (aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de dois anos, que impossibilite de participar de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas. Dessa forma desvincula esse benefício do salário mínimo, ficando a mercê do entendimento do governo os ajustes e reajustes sob um benefício, que nem chega ao mínimo de se manter economicamente uma pessoa. 
Na avaliação de especialistas, que criticam o modelo chileno de previdência privada, o grande beneficiário serão os bancos e os investidores financeiros, que estão de olho na administração das carteiras individuais de poupança para aposentadoria e na comercialização de previdência privada.

Assembleia Estadual dos Radialistas próximo sábado (10) em São Paulo

 

Próximo sábado (10), às 10h da manhã o Sindicato dos Radialistas realiza assembleia para discutir com os trabalhadores a situação da categoria no cenário que se desenha, além de plano de ação, para mobilizar os trabalhadores em relação ao fechamento de nossa convenção coletiva, que está paralisada.

Os patrões de rádio e TV não tomam jeito. Aproveitando a onda de Fake News das últimas eleições, tentam enganar a categoria como se fosse o sindicato o empecilho para não ter fechado a convenção coletiva de trabalho (CCT) da categoria.
A verdade é que os patrões querem retirar direitos dos trabalhadores. Querem que os trabalhadores sejam escravos de sua ânsia de lucros, independente das condições de trabalho e de saúde dos radialistas. E o Sindicato dos Radialistas não concorda com isso. E por não concordar, não vai submeter a categoria ao chicote ou as correntes que os patrões sonham usar.
Ainda vale
Nossa convenção coletiva continua valendo, mas sem o reajuste a que temos direito por pura sacanagem dos patrões. Eles querem enfiar goela abaixo seus interesses, que não são os da categoria. Os da categoria foram decididos em nossa assembleia de abertura da campanha salarial em março deste ano (8 meses atrás).
Desde o início das negociações dessa campanha salarial (que foram mais de 10 reuniões), a comissão de negociação dos trabalhadores deixou claro para a bancada patronal que a categoria decidiu não retroceder um passo atrás em seus direitos e a diretoria apenas executa o que foi decidido. No decorrer das negociações, como sempre em uma negociação, abrimos mão de algumas reivindicações para se chegar a um acordo, mas que tropeçou na intransigência patronal.
Alguns dos direitos que os patrões querem retirar
Horas extras
Vai para o banco de horas, não recebe. Só folga. Trabalha igual um camelo e folga a “Deus dará”.
Quinquênio
Congela quem tem, quem não tem, fica sem.
Estabilidade pré aposentadoria
Quem está quase para aposentar, pode ser mandado embora.
Sem penalidade (pagamento) para trabalho intra jornada ou no meio da folga.
Tá em casa de folga ou acabou de sair da empresa pra ir pra casa? Esquece, volta pra trabalhar quando o chefete lhe chamar.
PPR/Abono
Reduzir para 25% do salário. Uma migalha.

Não é novidade que os patrões tentam asfixiar o Sindicato financeiramente, para que ele caia de joelhos e vire um simples joguete dos interesses patronais. E a taxa assistencial é fundamental para manter o Sindicato independente financeiramente e preparado para as lutas que são realizadas ao longo do ano contra os maus patrões (existe algum bom?) e para nossa organização. Categoria desorganizada é categoria escravizada.
Para os trabalhadores que não quiserem contribuir, existirá a carta de oposição ao desconto. Com o fim da obrigatoriedade do imposto sindical, não restou outra alternativa para o sindicato. Agora temos de deixar claro que o Sindicato não acha correto apenas os sindicalizados contribuírem com sua entidade de classe, pois os direitos conquistados valem para todos.
Como devemos nos sentir sabendo que seu colega de trabalho contribui todos os meses e quando lhe é solicitado uma contribuição esporádica para ter os mesmos direitos você vira as costas? Não dá, né?!
Agora, fim das eleições, voltamos a cargo de nossa obrigação; pressionar os patrões para tomarem jeito e assinarem nossa convenção coletiva com todos os nossos direitos.
Queremos nosso reajuste, queremos nosso abono/PPR, queremos nosso quinquênio e não queremos banco de horas, morô?! E pra isso, companheirada, não dá pra assistir o trem passar. Nós somos esse tremNós que temos de passar por cima dessa chantagem patronal.



Participe da assembleia! Chame seu colega de trabalho. São seus direitos, seu salário, seu emprego.


Assembleia estadual sede do Sindicato dos Radialistas, em São Paulo
Sábado, dia 10, às 10h da manhã


Nenhum direito a menos, rumo a novas conquistas