Por Ronaldo Werneck
As negociações com os patrões, nesta Campanha Salarial, continuam do jeito que eles querem. Não oferecem o que pedimos e não se importam com o custo de vida que nos atinge, já que a inflação existe e ela corrõe nosso salário.
Segundo informação do governo federal, que utiliza dados do IBGE, para calcular a inflação, o IPCA (Índices de Preço ao Consumidor Amplo) foi de 8,13 até este mês de maio.
Os patrões das empresas de radiodifusão, na qual os radialistas já os conhecem pelo estômago, oferecem pouco mais de 6%. Percentual abaixo da inflação no período. Mas não é só isso. É irrisório, ridículo e ofensivo, já que não dá pra aceitar um índice menor do que a inflação. E foi isto que a diretoria deixou claro para os patrões na última rodada. Não há sentido se reunir sem que haja uma proposta minimamente aceitável.
E já foi deixado claro que se não apresentarem uma proposta neste sentido a discussão será outra. Bom, será outra se os radialistas assim o quiserem, pois somente a diretoria numa mesa de negociação, sem o respaldo da categoria se mobilizando, não conseguirá arrancar nada deles.
Sabemos que algumas empresas também andaram demitindo, ora por conta da incompetência em gerenciar seus negócios ou, como desconfiamos, para inibir a mobilização dos trabalhadores em sua data base. O fato é que os trabalhadores, como sempre pagam a conta e, sem a consciência de sua força, os patrões continuarão a atacar, para que fiquemos na defensiva.
A diretoria do Sindicato dos Radialistas só irá chamar uma assembleia, para tomada de uma decisão se os patrões apresentarem percentual que mereça uma decisão dos trabalhadores. Até lá, é necessário que os trabalhadores demonstrem sua insatisfação em relação a proposta apresentada até o momento. Não é possível aguardar apenas o pagamento da PR (Participação nos Resultados) sem se preocupar com a deterioração do valor de nossos salários.
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