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terça-feira, 29 de setembro de 2015

A luta pela democratização dos meios de comunicação



Por Ronaldo Werneck

Já faz um bom tempo que a sociedade brasileira organizada, bem como parlamentares, estudantes e professores, debatem a necessidade de garantir mais democracia num setor oligopolizado que é o Rádio e a TV, principalmente.

Mesmo com a garantia constitucional de não permitir o monopólio dos meios de comunicação, poucas famílias detém concessões públicas de rádio e TV, onde não se permite pluralidade de versões dos fatos. Com informações desvirtuadas, sem regionalismo na programação e sem dar voz à sociedade, o rádio e a TV perde audiência e mercado.

A população brasileira é vítima de um processo que advém desde os tempos da ditadura, quando o governo militar garantiu benesses a TV Globo e, desde então, o setor segue fechado. 

Nesse período, da consolidação da TV brasileira, nenhum outro setor foi tão bem monopolizado como o rádio e a TV. Por ser um patrimônio público, o espectro radioelétrico deveria estar sob uma legislação onde o poder público pudesse garantir o funcionamento correto dele. Como acontece em diversos países que conseguiram regular este setor.

Portugal, Estados Unidos, Inglaterra, Argentina, são exemplos de países onde diversos mecanismos de controle estão regulamentados, para não ferir o funcionamento da democracia.

Paulo Henrique Amorim, no seu livro, recém lançado, chamado "O Quarto Poder", podemos não só acompanhar a história da televisão no Brasil, mas detalhes de diversas irregularidades que não só existiu no setor, mas ainda permanece. Na verdade o jornalista revela bastidores da televisão, das emissoras por onde atuou, em especial Rede Globo de TV e da política brasileira.


Livro do jornalista Paulo Henrique Amorim

Conhecer nossa história, como trabalhadores deste setor, nos faz ter senso crítico para nos posicionar, perante a manipulação política neste meio eletrônico e nos organizar como classe, para não sermos vítimas mais de uma vez.

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