TV Record São Paulo
Por Ronaldo Werneck
Em plena Campanha Salarial deste ano a TV Record, emissora do bispo Edir Macedo, demite todos os trabalhadores da maquinaria, inclusive um dos dirigentes sindicais, que tem estabilidade no emprego. Foram mais de 20 trabalhadores. Com isso, demonstrando um sério e grave ataque a organização da categoria.
Já algum tempo, o Sindicato dos Radialistas, vem apontando a movimentação da empresa nessa direção. Em querer terceirizar diversos setores da emissora e, com isso, desrespeitando a regulamentação da profissão. Segundo a empresa, a decisão de demitir esses trabalhadores foi porque a função de maquinista não é uma atividade fim de uma empresa de radiodifusão. O que não é verdade. A Lei 6.615. conhecida como Lei do Radialista, estabelece mais de 90 funções regulamentadas e a função de maquinista é uma dessas. Tanto é verdade que ela está dentro do setor de Cenografia. Por isso, considerada uma atividade fim de uma emissora de Radiodifusão.
Nesta terça feira a diretoria do Sindicato dos Radialistas, esteve na porta da empresa. Protocolou aviso de greve e conclamou, através de boletim e carro de som, todos os trabalhadores a se mobilizarem junto com o Sindicato.
Mais demissões virão nessas condições, pois a empresa tem notado a passividade dos trabalhadores da Record, que ainda não foram demitidos. E é isso em que está o cerne da questão. Sem mobilização dos trabalhadores da empresa, ela continuará a demitir em massa seus funcionários, com essa alegação estapafúrdia que citamos acima. Setor por setor da emissora poderão ser atingidos e a única maneira de revertermos essa postura da empresa é atender ao chamado do sindicato a se mobilizar.
Novamente o Sindicato estará na frente da emissora para chamar os trabalhadores para uma assembleia na porta da empresa e tomarmos uma decisão de muita importância para todos os trabalhadores da Record. Escute, converse com seu colega de trabalho sobre a postura da empresa e principalmente, sobre a solidariedade aos trabalhadores que foram e poderão ser demitidos. Somente assim temos condições, de no mínimo, discutir as condições de demissão dos trabalhadores. E, quiçá reverter as demissões. Pois a única linguagem que a empresa respeita e reconhece é a da mobilização dos trabalhadores, junto com seu sindicato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário