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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A tragédia do Banco de Horas



Não é novidade que o Banco de horas é uma desgraça para os trabalhadores. Pelo menos agora, depois de muitos acordos coletivos assinados, com sindicatos que foram convencidos com essa proposta do banco de horas. Essa pantomima, há vários anos, o sindicato patronal dos radialistas tenta nos empurrar essa gororoba diarréica. No final dos anos noventa, essa artimanha, perpetrada pelos patrões, foi negociada com os metalúrgicos do ABC. Festejado como uma vitória, na tentativa de garantir os empregos dos trabalhadores, simplesmente entupiu os metalúrgicos de mais trabalho com nenhum ganho econômico. Folga?! A Deus dará.


O que ocorreu mesmo foram demissões. Se as empresas faziam os trabalhadores trabalharem mais e quando havia diminuição de demanda, não pagavam nada, pra que então tantos trabalhadores empregados?! Banco de horas neles!!! Resultado; enxugamento da categoria, produtividade aumentada e as empresas arrotanto lucros e mais lucros.


Desde o início da década passada os patrões radiodifusores sonham com esse mecanismo em nossa categoria. Não conseguiram nos convencer até hoje. Nem conseguirão. Sabemos o resultado disso.


Na verdade,  a concretização dessa opção, de ataque aos trabalhadores, só conseguiu ser implementado porque muitos sindicatos se distanciaram do entendimento da luta de classes. Em vez de enxergarem esse processo de exploração do patronal como algo nocivo aos trabalhadores, entendiam e, alguns entendem ainda, que os sindicatos dos trabalhadores, em alguns momentos, devem ser colaborativos com o patronato. Que diga-se de passagem sabem muito bem enganar desavisados e corromper os pelegos. A justificativa que usam é que nossos patrãosinhos são os responsáveis pelos nossos empregos e salários. É assim que pensam alguns sindicatos equivocados - pra não identificá-los de outra maneira.


Nossos colegas jornalistas amargam o banco de horas em sua Convenção Coletiva de Trabalho. Empurrado guela abaixo pelo patronal quando viu o titubeio da direção sindical dos jornalistas de SP. Resta agora, pra salvar a categoria do banco de horas, o reconhecimento de que o Banco de horas é prejudicial aos trabalhadores jornalistas. Se ainda há dúvidas, basta ficarem atentos às conquistas que os radialistas de SP vem mantendo a o longo de todos esses anos, sem com isso terem de aceitar o banco de horas.

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