Não é atoa que as dificuldades que a TV Cultura passa, ao longo de muitos anos, está muito mais voltado não só ao gerenciamento de seu funcionamento, mas do modelo de TV Pública que seus administradores tentam implementar. Inventado na cabeça deles, não se sabe em nenhum lugar do mundo, onde é possível conciliar os interesses de uma sociedade com os do mercado numa TV Pública de qualidade. Isso não dá certo porque sabemos que os interesses são antagônicos. A teimosia de querer implementar esse modelo decorre da formação política deturpada e de interesses muito sintonizados com a iniciativa privada.
Quem paga o custo e os erros de uma gestão equivocada não são apenas os trabalhadores, que amargam diversas irregularidades trabalhistas na emissora gerenciada pela Fundação Padre Anchieta, mas toda a sociedade que, além de pagar por este serviço, através de impostos, recebe em troca um conteúdo não condizente do que deveria ser de uma TV Pública. Onde a cultura, a educação, o jornalismo e o entretenimento não estivesse ligado a uma visão de mercado.
Ao contrário da emissora paulista a TV Brasil, implementada pelo governo federal, a passos largos. vem se consolidando na TV dos brasileiros como alternativa às emissoras privadas, que são muito mais compromissadas com o mercado e a iniciativa privada do que com os interesses da sociedade. A TV Cultura, orgulho do povo paulista, infelizmente continuará a ser administrada com esse viés "caolho" de uma visão ultrapasssada, onde sinônimo de qualidade, pra quem está administrando essa emissora, é copiar mais do mesmo.
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