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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Rádios Comunitárias ou Comerciais de baixa potência?


A manchete deste post pode parecer provocadora, mas essa é a discussão que já começa fazer a direção do Sindicato dos Radialistas de São Paulo que, diga-se de passagem, apóia o movimento das Rádios Comunitárias. Não só apóiam, mas incentivam esse movimento que tem contribuído para a democratização dos meios de comunicação. A grande dúvida é sobre o conceito, pois muitas emissoras estão fugindo do critério em que foram baseados para conseguir suas concessões. Em seu 5º Encontro dos Radialistas do Interior, realizado pelo Sindicato dos Radialistas o presidente da ABRAÇO, Jerry de Oliveira, esteve presente e foi um dos debatedores, ao apresentar um dos temas pautados para o encontro. Boa parte dos radialistas interioranos tem percebido um movimento forte, mas diferente das propostas da ABRAÇO, além de alguns fazerem confusão com esses dois conceitos. Nesse sentido, o encontro terminou apontando a necessidade de retomar essa discussão sobre o conceito de Rádio Comunitária, já que muitas emissoras, que conseguiu esse título, na prática, funcionam como emissoras de baixa potência, com agravantes trabalhistas; trabalhadores que prestam serviço na emissora não tem contratos de trabalho e, muito menos, registro profissional.

O Congresso Estadual da ABRAÇO está para ser realizado e o movimento já fez o convite para que a diretoria do Sindicato envie um representante, na condição de observador, com direito a voz, para participar das discussões que o movimento estará fazendo nesse evento. Em contrapartida, acredito, que a direção do sindicato deverá elencar em seu seminário de planejamento a pauta da radiodifusão comunitária. Sabermos diferenciar as verdadeiras emissoras de rádio comunitárias dos oportunistas, que tem conseguido concessões de rádio comunitária com o único propósito de fazer exploração comercial delas, poderá orientar as ações sindicais no combate a exploração do trabalhador, além de impedir a deturpação de um movimento social importante para a democratização dos meios de comunicação no Brasil.

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